quinta-feira, 16 de setembro de 2010
À meia-noite
quarta-feira, 21 de julho de 2010
despedida
Não é como se os pés seguissem,
mas como se a cidade passasse sob eles.
E, ai!, pobre alma solitária e errante
que busca
que busca
que busca
que busca.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Minha criança, meu menino.
Mais que que me ocupar, tua presença me levou a caminhos desconhecidos. Senti-me desbravadora e, muitas outras vezes, uma criança sozinha na mata. Foram tuas mãos que me levaram até lá. Hoje, vejo todos os detalhes como quem assiste a uma cena, distante. Vejo seus olhos. Vejo grandes e brilhantes farois fitando-me, investigando a proporção das minhas verdades e, em verdade, pouco interessado nas verdades mentirosas que eu insistia em revelar. Eu já havia sido revelada, mas me dou conta somente agora.
Minha maturidade se jogou do topo da tua inocência. Deitei no teu colo e fui eu a menina sem passado que nasceu ali, só sua. De muitas formas, meus sentimentos viajaram pelos teus; alguns, jamais regressaram.
Ao tentar transformá-lo, eu me esqueci de cravar os pés no chão. Vazia de tudo, voei nos teus braços. Tu vais e, entendas, eu estou caindo. Doi, porque não sei de onde parte o abandono, por tê-lo abandonado antes, sem saber do que viria depois. Eu ainda sinto tua presença, ainda que tua ausência me venha bater à porta.
Sobre minhas últimas palavras, foram sinceras. Eu te amo.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Subtil cécité
quinta-feira, 15 de abril de 2010
A vida se faz,
Partes de uma confissão,
Luz. A primeira respiração terrena. O choro. E a vida aqui fora se faz diante de um olhar inocente. Tudo o que há de mais belo e horrível se infiltra aos poucos ali pelos poros e passa pelo corpo todo. E para ali na mente em forma de pensamentos. Na verdade, existem muitos fatos que passam despercebidos, seja por vontade própria ou não.
Há aqueles que tratam logo de expulsar tudo o que há de mais triste em si e também por mais absurdo que pareça há aqueles que expulsam o que há de mais feliz. Esses de certa forma gostam de cultivar o amargo sem uma explicação coerente, talvez já tenham se esquecido do outro lado da moeda.
Às vezes para alguns é difícil compreender o amargo que algumas pessoas carregam, mas para estas que possuem é mais difícil ainda compreender a si. Podem existir diversos fatores para uma pessoa escolher conscientemente (ou não) ser assim, não poderia exemplificar todos porque destes desconheço.
Esses fatores podem ser: frustrações, traumas, decepções vivenciais ou simplesmente por pura defesa. Na verdade, a defesa justifica todos estes anteriores. A simples e pura defesa contrária de quem já está fadado e prefere de certo modo se esconder do mundo e das pessoas. Esconder-se por não saber expressar quais são suas necessidades.
Seja por lágrimas ou sorrisos, tristezas ou felicidades o bom mesmo é perceber que a vida é voluntária a nós, nós na maioria das vezes é que não somos voluntários a ela. Fato.
Texto resgatado do meu blog pessoal Ode à Vida. Leia mais aqui.
quinta-feira, 25 de março de 2010
A vida, os limões e a vida
terça-feira, 9 de março de 2010
Viajante regresso, ouça:
Nos peitos esperançosos houve calor todo esse tempo e cabe, agora, escolher o mais cômodo e afável descanso. Seja sempre bem vindo onde quer que aporte. Vaga minha alma agora em paz, porque não mais existe um oceano de distância. Peço agora que, lendo isto, imagine minha voz a sussurrar-lhe canções ingênuas, até que, leve, sua pele sinta meu cuidado contigo e teus olhos me vejam ao teu lado. Assim cabe o meu abraço aqui, pela falta que me tem feito suas palavras e tua existência menos remota.
segunda-feira, 8 de março de 2010
vim, vi, venci. (e voltei)
Viver é urgente!