Acordar sem rumo, permanecer assim.
Não é como se os pés seguissem,
mas como se a cidade passasse sob eles.
E, ai!, pobre alma solitária e errante
que busca
que busca
que busca
que busca.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
Minha criança, meu menino.
Um tanto tarde chega esta despedida, e eu justifico dizendo que desisti de algumas palavras que já foram ditas e de outras que já não cabem mais.
Mais que que me ocupar, tua presença me levou a caminhos desconhecidos. Senti-me desbravadora e, muitas outras vezes, uma criança sozinha na mata. Foram tuas mãos que me levaram até lá. Hoje, vejo todos os detalhes como quem assiste a uma cena, distante. Vejo seus olhos. Vejo grandes e brilhantes farois fitando-me, investigando a proporção das minhas verdades e, em verdade, pouco interessado nas verdades mentirosas que eu insistia em revelar. Eu já havia sido revelada, mas me dou conta somente agora.
Minha maturidade se jogou do topo da tua inocência. Deitei no teu colo e fui eu a menina sem passado que nasceu ali, só sua. De muitas formas, meus sentimentos viajaram pelos teus; alguns, jamais regressaram.
Ao tentar transformá-lo, eu me esqueci de cravar os pés no chão. Vazia de tudo, voei nos teus braços. Tu vais e, entendas, eu estou caindo. Doi, porque não sei de onde parte o abandono, por tê-lo abandonado antes, sem saber do que viria depois. Eu ainda sinto tua presença, ainda que tua ausência me venha bater à porta.
Sobre minhas últimas palavras, foram sinceras. Eu te amo.
Mais que que me ocupar, tua presença me levou a caminhos desconhecidos. Senti-me desbravadora e, muitas outras vezes, uma criança sozinha na mata. Foram tuas mãos que me levaram até lá. Hoje, vejo todos os detalhes como quem assiste a uma cena, distante. Vejo seus olhos. Vejo grandes e brilhantes farois fitando-me, investigando a proporção das minhas verdades e, em verdade, pouco interessado nas verdades mentirosas que eu insistia em revelar. Eu já havia sido revelada, mas me dou conta somente agora.
Minha maturidade se jogou do topo da tua inocência. Deitei no teu colo e fui eu a menina sem passado que nasceu ali, só sua. De muitas formas, meus sentimentos viajaram pelos teus; alguns, jamais regressaram.
Ao tentar transformá-lo, eu me esqueci de cravar os pés no chão. Vazia de tudo, voei nos teus braços. Tu vais e, entendas, eu estou caindo. Doi, porque não sei de onde parte o abandono, por tê-lo abandonado antes, sem saber do que viria depois. Eu ainda sinto tua presença, ainda que tua ausência me venha bater à porta.
Sobre minhas últimas palavras, foram sinceras. Eu te amo.
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